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Lembranças. (2o cap)

sábado, 13 de fevereiro de 2010 @ 21:19

Lembranças. Era só o que restava do que antes era chamado de "nós".
Estava deitada em minha cama, olhando pro teto, e só conseguia pensar em uma unica coisa, nao que eu quisesse pensar naquilo, eu realmente nao queria, mas era algo involuntário, algo contra o qual eu nao podia lutar, era mais forte do que eu, e eu já estava conformada com este fato, eu apenas nao me conformava com o fim. O fim mais idiota e sem fundamento que eu ja tivera o desprazer de presenciar, falta de argumentos contra argumentos de sobra, razão contra erro, amor contra ódio, saudade contra orgulho. Doía. Eu sentia as cicatrizes de um de meus piores acidentes. Não, nao sofri acidente de carro. Meu acidente foi emocional, algo que abalou completamente minhas frágeis estruturas. Eu era como uma boneca de porcelana jogada ao chão. Condenada aos cacos que lá ainda jaziam. Condenada ao concreto de onde nunca fora recolhida. O vazio que preenchia as lacunas de meu rosto dilacerado era meu unico e fiel companheiro. E assim ela viveria a eternidade, jogada aos ratos como um nada. Notei como eu estava sendo rude comigo mesma, afinal, eu nao estava assim tao mal, eu nao me sentia mal todo o tempo, somente nos vagos momentos em que ficava só comigo mesma, com meu lado maligno, que insistia sempre em me fazer relembrar das piores experiencias de minha nao muito longa vida. Eu queria me livrar de tudo que ainda me prendia aquele fatídico acontecimento, eu queria nao ter sentido nada de bom por alguem tao ruim e desprezivel, mas parece que além de nós, os sentimentos tambem possuem livre arbítrio. Ri de minha observação sem muito sentido, e virei-me para o lado ficando de frente com meu criado mudo, e lá estava o porta retrato com a foto de minha turma, meu fiéis e melhores amigos, eu estava no meio de todos, envolvida por um vulto negro. Ri de minha infantilidade, risquei o retrato em que ele estava presente, mas de certa forma, eu tinha razão em fazê-lo, assim, seria cada vez mais facil esquecer seu rosto, e sucessivamente esquecer-me de que ele um dia havia passado por minha vida. Minha mentira parecia funcionar, mas meu lado maligno era fugaz, e fez questão de acabar com minha esperança momentanea de um dia conseguir esquece-lo. Soquei o travesseiro aliviando brevemente um pouco de minha ira, eu estava irada comigo mesma, por ser fraca, por ser idiota, por ser inutilmente apaixonada por alguem que nao devia. "Errado, errado, errado" sussurava baixinho enquanto pensava nas ultimas palavras que escutei de seu labios "Como posso ainda te amar tanto garota?" eu que me perguntava "como podia ainda amar tanto um cafasgeste como ele?", mas com sinceridade, ao contrario do que ele havia feito, com toda certeza, quando pronunciou tais palavras, nao podia ser de verdade, quando se ama alguem, nao se machuca a pessoa como ele havia feito comigo. Mas ainda nao deixei claro o motivo de nossa separação, ele foi infiel, foi falso e dissimulado, mentiu quando olhava em meus olhos, e fez com que eu confiasse nele mesmo sabendo de seu passado que o condenava. Eu o vi com outra garota, no dia em que completavamos 1 ano de namoro, mas eles nao estavam só se beijando, se é que me entendem. Eu estava disposta a perder minha virgindade com ele, eu o amava e confiava nele, confiava que quando ele dizia que me amava e que queria ficar comigo pra sempre, era verdade. E que tola eu era não é mesmo? Que mulher, em pleno seculo XXI, confia plenamente em um homem? Mas ele passava verdade, eu nao podia duvidar, eu nao conseguia duvidar, olhar em seus olhos e escuta-lo falar todas aquelas coisas, me fez acreditar que ele podia ser diferente. Mas ele nao era. Era apenas, mais um mentiroso.

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